Por GUSTAVO URIBE, estadao.com.br, Atualizado: 9/4/2011 10:01
100 dias: Dilma manteve diálogo
Em meio à crise na votação do salário mínimo, o primeiro embate enfrentado pela presidente Dilma Rousseff com o Congresso Nacional, nos 100 primeiros dias de sua gestão, a petista teve a oportunidade de escalar a tropa de choque governista e cobrar das siglas aliadas fidelidade à posição do governo federal. O esforço e a firmeza demonstrados por ela nesta primeira grande batalha com o parlamento, na avaliação de cientistas políticos ouvidos pela Agência Estado, deu mostras de como será a relação da presidente com o Congresso Nacional daqui para frente. Ela deve manter diálogo permanente com o Senado Federal e com a Câmara dos Deputados e deve condicionar espaço em sua administração ao apoio das siglas às propostas do governo federal.
Na avaliação dos especialistas, a presidente foi bem-sucedida em sua primeira celeuma com o Congresso. De acordo com eles, ela conseguiu pacificar as bancadas aliadas e foi habilidosa ao esperar a votação de projetos de interesse do governo federal para iniciar a indicação do segundo escalação. 'Ela fechou a porteira até que os projetos fossem votados', ressaltou o professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marco Antonio Carvalho Teixeira, segundo quem, neste ponto, a atuação da presidente se diferenciou da observada no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 'Até o presente momento, ela foi bastante habilidosa, não negociou espaço antes que a base governista votasse os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e conseguiu manter uma coesão.'
O especialista da FGV lembrou ainda que a presidente conseguiu contornar a crise deflagrada entre o Palácio do Planalto e o PDT, por conta de dissidências na votação da proposta de R$ 545 para o salário mínimo. 'A sensação que ficou é de que ou faz parte da base ou não faz parte da base.' No episódio, o PDT não foi convidado a participar da reunião com líderes da base aliada, o que deu margem a especulações sobre a permanência no cargo do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O professor ressaltou que divergências desse tipo acontecem quando não se tem uma base de sustentação coesa. 'Por maior que ela seja, é uma base de sustentação muito calcada nos espaços que cada partido tem.'
A avaliação é semelhante à feita pelo cientista político Humberto Dantas, consultor da ONG Voto Consciente. Desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de acordo com Dantas, a base governista é pautada por aspectos que não necessariamente condizem com princípios programáticos, criando uma espécie de governabilidade pragmática. 'É o apoio pela possibilidade de governar, desde que sejam oferecidas vantagens.' A manutenção de um diálogo permanente com o Congresso Nacional, à que a presidente vem dedicando atenção especial, é, na avaliação do analista, recorrente desde o impeachment de Fernando Collor de Mello. O ex-presidente não manteve um grande canal de diálogo com os parlamentares. 'As negociações com o Congresso Nacional seguem parecidas, com a necessidade de negociações permanentes.'
O consultor da ONG Voto Consciente destacou ainda que, na relação com o Senado Federal, a presidente leva vantagem em relação ao seu antecessor. A atual configuração da Casa, segundo Dantas, é 'mais dócil' com o governo federal do que a da legislatura passada. 'O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se empenhou muito na campanha ao Senado Federal e conseguiu um apoio maior', disse. Na atual legislatura, o número de senadores do PT quase dobrou, de 8 para 14 parlamentares, e o total de senadores do PSDB, principal sigla da oposição, caiu de 16 para 10 parlamentares. 'Ela não deve encontrar tanta resistência no Senado Federal, onde o ex-presidente teve de dialogar mais.'
fotos retirada da internet e montagem mulheres.compolitica
BARATAS aqueles insetos asquerosos que quando não comem botam gosto ruim torcem pra que ela fracasse por vários motivos entre esses está o principal - mulher, outros, o histórico da sua vida política, o partido ao qual pertence, a continuação do seu antecessor e etc... o que ela tem? Habilidade, jogo de cintura, inteligência, sagacidade, sabedoria ...lá em "nois" se diz traquejo. A mulher tem traquejo. Imagino o congresso... os senadores ... negociar com esses moços, falar o que quer, como quer e pra que quer fácil? DEVE SER NÃO
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