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domingo, 22 de maio de 2011

Sucesso no YouTube, professora sonha alto

Publicação: 22 de Maio de 2011 às 00:00

São Paulo (AE) - Amanda Gurgel de Freitas, de 29 anos, tinha 17 quando decidiu ser professora. "Queria ser como a Claudina", diz Amanda, referindo-se à professora de espanhol que conheceu no cursinho preparatório para o vestibular. Claudina não tem nem ideia de que serviu de exemplo para impulsionar a carreira da ex-aluna que ficou conhecida nacionalmente depois de um vídeo no YouTube. Na ocasião, Amanda falava sobre os percalços da profissão em uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

"Ela era muito especial. Além do conteúdo, era muito alto astral e reunia todas as características que uma professora precisa: era simpática, atenciosa", diz Amanda. "Pena que nunca tivemos um contato maior. Nunca falei isso para ela", diz Amanda.

 A jovem estudante, que ficou órfã aos 4 anos e não quer ser vista como "coitadinha", cursou o ensino fundamental na rede pública e o ensino médio em escola particular. Fez cursinho porque queria uma vaga no curso de Letras em uma universidade pública. E conseguiu. Passou primeiro na Universidade Estadual de Feira de Santana, onde estudou durante um ano, e prestou vestibular de novo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, onde concluiu o curso. "Não tinha nenhum parente em Feira de Santana. Quis me mudar para Natal para morar com minha irmã."

À época, Amanda estudava de dia e trabalhava à tarde e à noite. No segundo ano de faculdade, conseguiu uma bolsa para lecionar no cursinho preparatório que a universidade oferecia para alunos carentes, a um preço simbólico. "Foi lá que ganhei experiência em sala de aula."

A jovem prestou concurso nas redes municipal e estadual - onde dava aulas de português para os ensinos fundamental e médio. Mas o esgotamento físico e mental em sala de aula a fez adoecer e, desde 2008, ela foi afastada da função em decorrência.

Ainda em tratamento, diz que pretende voltar para a sala de aula "não porque é apaixonante, mas porque não é tão simples estar em cargos de adaptação". Segundo ela, há uma pressão dos governos em cima dos professores que estão fora da sala de aula para saber se eles realmente estão com problemas de saúde. "E agora que estou bem melhor, sinto que tenho de voltar para dentro das salas."

Amanda diz ter consciência de que sua fama é passageira e que quer aproveitar o momento para estar a serviço dos professores. "Sinto que é uma missão. Se eu conseguir mobilizar a categoria na web e nas ruas para pressionar o governo, talvez eu tenha plantado uma semente que poderá, um dia, render frutos inéditos.”

Fonte :Tribuna do norte.

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