DEM e PSDB abraçados
Publicação: 01 de Maio de 2011 às 00:00 - TRIBUNA DO NORTE.
Agnelo Alves - jornalista
Tudo indica que o DEM está recebendo o que, na área médica, é conhecida como “visita da saúde”. O doente continua em estudo, mas já não respira através de aparelhos. Um prazo é estimado perante a família. No caso do DEM, esse prazo é outubro de 2012, data das próximas eleições municipais.
Quem duvidava de que o DEM, já de vela na mão, sobreviveria, mesmo permanecendo na semi-UTI, com toda certeza não conhece a capacidade política do senador José Agripino, supondo que a sua eleição para presidente nacional do partido ficaria com o encargo de fazer um enterro melancólico da sigla, como ocorreu com a Arena e posteriormente o PFL.
Ora, o senador Agripino tem quilômetros incontáveis na estrada política e horas infinitas de vôo nesta área. Conhece todos os santos e todos os diabos da arte política. Comandou o DEM do Rio Grande do Norte para chegar a Brasília vitorioso com a taça na mão, como único Estado do Nordeste que derrotou o poderoso Lula, elegendo a governadora do Estado e ele próprio como Senador da República, embora Dilma tenha ganho.
É claro que não é obra política sua somente. O DEM, aqui no Estado como em todo o Brasil, está acometido de uma doença grave, a impopularidade. Elegeu apenas dois deputados estaduais e um federal. Como explicar que tenha elegido um Senador da República e a governadora do Estado? Ora, ora, ora. Se hoje são poucos, nada impede que sejam boas cabeças políticas. Dispenso-me de citar nomes pela evidência de cada um no painel eleitoral, mesmo não tendo sido candidato.
No plano nacional, o senador Agripino terá compreendido que São Paulo é um Estado/país. Se o prefeito paulista Gilberto Kassab mostrou surpreendente esperteza política, criando o PSD para receber adesões e solidariedade no país inteiro, partindo de sua origem, o DEM e de outros partidos moribundos, o senador Agripino deslocou-se para São Paulo, a pátria do tucanato, para garantir uma sobrevida para seu partido até pelo menos acontecer o teste das urnas de 2012.
Kassab esteve ontem em Natal, onde o vice-governador Robinson Faria está organizando o PSD. Escrevo antes de saber das tratativas, certamente acontecidas, partindo dos resultados até agora e dos resultados futuros, num jogo político em que o menos mestre bate o escanteio, corre pra cabecear, fazer o gol e sair aos pulos para festejar. Um jogão.
Cada chapéu esquisito, sexta-feira, no casamento real em Londres.
PT mostra os dentesO PT elege novo presidente que não seria da preferência da presidente Dilma. Rui Falcão, de São Paulo. O Estado/país agasalha e estende o tapume para os tucanos que abrigam o DEM na procura da sobrevivência de ambos. O PT, que não quer continuar abrindo espaço para o PMDB. O PT entende que o Governo é dele, PT. O PMDB é apenas aliado. Problema para a presidente Dilma.
Durma-se com um barulho desse.
Tudo indica que o DEM está recebendo o que, na área médica, é conhecida como “visita da saúde”. O doente continua em estudo, mas já não respira através de aparelhos. Um prazo é estimado perante a família. No caso do DEM, esse prazo é outubro de 2012, data das próximas eleições municipais.
Quem duvidava de que o DEM, já de vela na mão, sobreviveria, mesmo permanecendo na semi-UTI, com toda certeza não conhece a capacidade política do senador José Agripino, supondo que a sua eleição para presidente nacional do partido ficaria com o encargo de fazer um enterro melancólico da sigla, como ocorreu com a Arena e posteriormente o PFL.
Ora, o senador Agripino tem quilômetros incontáveis na estrada política e horas infinitas de vôo nesta área. Conhece todos os santos e todos os diabos da arte política. Comandou o DEM do Rio Grande do Norte para chegar a Brasília vitorioso com a taça na mão, como único Estado do Nordeste que derrotou o poderoso Lula, elegendo a governadora do Estado e ele próprio como Senador da República, embora Dilma tenha ganho.
É claro que não é obra política sua somente. O DEM, aqui no Estado como em todo o Brasil, está acometido de uma doença grave, a impopularidade. Elegeu apenas dois deputados estaduais e um federal. Como explicar que tenha elegido um Senador da República e a governadora do Estado? Ora, ora, ora. Se hoje são poucos, nada impede que sejam boas cabeças políticas. Dispenso-me de citar nomes pela evidência de cada um no painel eleitoral, mesmo não tendo sido candidato.
No plano nacional, o senador Agripino terá compreendido que São Paulo é um Estado/país. Se o prefeito paulista Gilberto Kassab mostrou surpreendente esperteza política, criando o PSD para receber adesões e solidariedade no país inteiro, partindo de sua origem, o DEM e de outros partidos moribundos, o senador Agripino deslocou-se para São Paulo, a pátria do tucanato, para garantir uma sobrevida para seu partido até pelo menos acontecer o teste das urnas de 2012.
Kassab esteve ontem em Natal, onde o vice-governador Robinson Faria está organizando o PSD. Escrevo antes de saber das tratativas, certamente acontecidas, partindo dos resultados até agora e dos resultados futuros, num jogo político em que o menos mestre bate o escanteio, corre pra cabecear, fazer o gol e sair aos pulos para festejar. Um jogão.
Cada chapéu esquisito, sexta-feira, no casamento real em Londres.
PT mostra os dentesO PT elege novo presidente que não seria da preferência da presidente Dilma. Rui Falcão, de São Paulo. O Estado/país agasalha e estende o tapume para os tucanos que abrigam o DEM na procura da sobrevivência de ambos. O PT, que não quer continuar abrindo espaço para o PMDB. O PT entende que o Governo é dele, PT. O PMDB é apenas aliado. Problema para a presidente Dilma.
Durma-se com um barulho desse.
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