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domingo, 26 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO SALVE ESSES GUERREIROS JOVENS
Oposição recolhe assinaturas para instalação de nova CEI
Publicação: 11 de Junho de 2011 às 00:00
O ato do presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Edivan Martins (PV), de extinguir a Comissão Especial de Inquérito que iria investigar os aluguéis pagos pela Prefeitura Municipal de Natal aumentou a crise política instalada no Legislativo da capital potiguar. Se o argumento do vereador foi acabar com o objeto do protesto para "Câmara voltar a normalidade", ocorreu exatamente o contrário.
Aldair DantasJovens prometem que não saem do pátio da Câmara, enquanto não começar as investigações sobre aluguéis da prefeitura
De um lado os manifestantes do coletivo Fora Micarla tiveram os ânimos acirrados com a "surpresa" preparada pelo presidente da Casa. Já vereadores de oposição e situação também foram surpreendidos e se mostraram incomodados com a decisão de Edivan. Os parlamentares só foram informados da extinção da CEI dos Aluguéis quando leram o Diário Oficial edição de ontem, onde estava publicado o ato monocrático do presidente.
A crise política envolvendo a CEI está longe do final. Se Edivan Martins extinguiu uma, os oposicionistas estão atuando em duas frentes para fazerem funcionar duas CEIs. O vereador Luiz Carlos (PMDB) pediu a assessoria jurídica dele para analisar se o presidente da Câmara tem competência para extinguir uma Comissão Especial de Inquérito.
Já a vereadora Sargento Regina (PDT), autora da proposição originária da CEI, já começou a coletar assinaturas para a instalação de uma nova comissão. "Vamos conseguir as mesmas assinaturas e iremos solicitar a nova instalação", afirmou Sargento Regina, que no final da tarde de ontem já estava com assinaturas dos vereadores Luiz Carlos (PMDB), Júlia Arruda (PDT) e George Câmara (PC do B). Durante todo dia de ontem o movimento dos vereadores oposicionistas no pátio do Legislativo, onde os manifestantes estão acampados, foi intenso. A cada nova assinatura no som instalado pelos estudantes era informado o nome do vereador que aderiu a nova Comissão.
Mas o que vai mudar da CEI extinta para a nova Comissão? "Dessa vez, na instalação da CEI, nós já vamos fixar as exigências da oposição", respondeu Sargento Regina. Ela confirmou que apresentará o novo requerimento na próxima terça-feira.
A vereadora Júlia Arruda (PSB) criticou o presidente da Câmara por extinguir a CEI. "Faltou habilidade do presidente ao extinguir a CEI", comentou. Ela ponderou aos manifestantes acampados no pátio da sede do Legislativo, que é preciso sair de forma responsável e ordeira. "Eles querem a garantia da reinstalação da CEI, mas ela será instalada porque já estamos assinando um novo pedido", destacou.
Até mesmo a bancada de situação da prefeita Micarla de Sousa criticou o ato do vereador Edivan Martins. Júlio Protásio (PSB) lamentou a atitude do presidente da Casa. "Fomos surpreendidos, o movimento estava em negociação quando ele toma essa atitude. O diálogo estava aberto. E só soube da extinção da CEI pelo Diário Oficial (ato publicado na edição de ontem)", disse.
Vereador que marcou quadrilha não vê possibilidade de punição
O vereador Luís Carlos (PMDB) teme uma possível representação por quebra de decoro parlamentar devido à quadrilha junina improvisada que o parlamentar marcou na tarde da quinta-feira (9), com os manifestantes que estão acampados no Legislativo Municipal. Para o vereador, a Câmara Municipal deverá homenageá-lo por "preservar a cultura junina".
"Os vereadores da bancada da prefeita não foram à sessão e não houve quórum. Depois da sessão eu marquei a quadrilha, sem nenhum problema. Terminando a sessão, não se pode manter a cultura junina?", questionou o vereador.
Em entrevista ao Jornal do Dia, da TV Ponta Negra, ontem, o líder do governo na CMN, vereador Enildo Alves (PSB), reprovou a atitude de Luís Carlos, dizendo que foi um desrespeito com o Legislativo. O líder de Micarla de Sousa, no entanto, disse que não sabia se a atitude de Luís Carlos caracterizaria quebra de decoro parlamentar. O peemedebista, por sua vez, foi irônico sobre um possível processo na comissão de ética da CMN.
"Acho que a Câmara vai fazer uma homenagem a mim por preservar a cultura junina. Temos que preservar a cultura junina em todo lugar, inclusive na Câmara. Devido aos ânimos acirrados, acho que foi positivo um momento de dinâmica com o grupo", Luís Carlos.
Sobre a solicitação do presidente da CMN, Edivan Martins (PV), para que os manifestantes deixem o Legislativo, Luís Carlos acredita que faltou diálogo por parte do presidente e que a atitude de Edivan Martins foi radical.
"Se ele tivesse conversado mais, acatado a proposta da audiência pública, acho que não haveria problemas. Mas o presidente é muito ausente e saiu do oito para o oitenta de uma hora para outra", criticou Luís Carlos.
Logo após o fim da sessão da quinta-feira, Luís Carlos marcou uma quadrilha no pátio da Câmara Municipal, contando com a participação dos manifestantes que pedem a saída da prefeita Micarla de Sousa do comando do Executivo e cobravam a indicação de um membro da oposição na relatoria ou presidência da CEI dos Aluguéis. A quadrilha durou pouco mais de cinco minutos e contou com a participação de aproximadamente 30 pessoas.
Bate-papo
Edivan Martins » Presidente da Câmara Municipal
Por que o senhor extinguiu a CEI dos Aluguéis?
Extingui a CEI porque já tinha dado o prazo até a semana passada para os vereadores de oposição indicarem um membro para Comissão. A pauta está trancada há quatro sessões, a Câmara estava parada aguardando essa indicação. Projetos importantes deixaram de ser votados, mais de 500 requerimentos deixaram de ser apresentados nesse período em que a Câmara está parada. Depois que Sargento Regina saiu da CEI eu dei um prazo para oposição se manifestar e indicar um novo membro, a oposição se reuniu e disse que só indicaria substituto caso fosse para relator ou presidência. Oficializei o bispo Francisco de Assis (presidente) e Albert Dickson (relator) para saber se eles abdicavam, a resposta foi negativa. Até aí já dava para extinguir a CEI. Ontem (quinta-feira) veio uma última alternativa com a reunião do PSB (que tentaria convencer o bispo a deixar a presidência, o que não ocorreu). Mas também não houve consenso. Surgiu o movimento dos estudantes acampados na Câmara também reivindicando sobre a CEI. Então agora extingui a CEI e a Câmara vai voltar a normalidade.
Mas o senhor não acredita que com a extinção da CEI a Câmara poderá continuar parada com a obstrução da oposição e os manifestantes acampados?
Não. Eles reivindicavam um espaço na CEI, que agora não existe mais CEI. Então é o momento da Câmara voltar a sua normalidade. Com a extinção da CEI a obstrução acaba.
Como o senhor vê a situação dos acampamentos dos manifestantes na Câmara?
Eles têm atrapalhado o serviço da Câmara. Jogam peteca, dançam quadrilha, jogam futebol. O som já incomoda os vizinhos da Câmara. Eles estão lá há vários dias. Esse movimento não precisa ser localizado na Câmara.
Juiz mantém ocupação na Câmara
Ricardo Araújo
repórter
No
início do dia, a decepção. A publicação no Diário Oficial do Município
da extinção da Comissão Especial de Investigação (CEI) dos Aluguéis foi
recebida pelos manifestantes que ocupam a sede do Legislativo como um
golpe do presidente da Câmara, o vereador Edivan Martins. Além de
assinar o decreto extinguido a Comissão, o presidente da Casa, ele
enviou um comunicado ao grupo para que desocupassem o local até às 16
horas de ontem.
Manifestantes permanecem acampados no pátio da Câmara, com a garantia judicial de que não serão expulsos No fim da tarde, porém, a redenção do manifesto.
O juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Natal, José Armando Ponte Dias Júnior, concedeu aos manifestantes, o direito de permanecerem no local até, no mínimo, a próxima segunda-feira, quando termina o prazo para o presidente da Câmara se manifestar sobre a liminar.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Já começou vai começar
O TCU, após instauração de tomada de contas especial da Infraero, apontou má gestão do convênio de n.º 011/96/0028, no que concerne ao ressarcimento de um dos 86 proprietários de terrenos do local, que teria recebido até agora, de acordo a Procuradoria do Estado, R$ 835.368,40 de indenização, divididos em duas parcelas, sendo a primeira de R$ 302.955,13 e a segunda de R$ 532.413,27.
A Infraero alega que houve um levantamento irregular sobre os valores referentes ao segundo extrato para pagamento e o Estado, por sua vez, justifica que tal saque se realizou após autorização do Juízo da 1ª Vara Cível de São Gonçalo do Amarante.
tribuna do norte.
A Infraero alega que houve um levantamento irregular sobre os valores referentes ao segundo extrato para pagamento e o Estado, por sua vez, justifica que tal saque se realizou após autorização do Juízo da 1ª Vara Cível de São Gonçalo do Amarante.
tribuna do norte.
domingo, 5 de junho de 2011
Steve Jobs
Presidente da Apple vai interromper licença médica para apresentar novo produto
(AFP) – Há 1 hora
WASHINGTON, EUA — O presidente da Apple, Steve Jobs, fará nesta segunda-feira sua segunda aparição pública desde que tirou uma licença médica, em janeiro, para apresentar o iCloud, site de armazenamento de arquivos em nuvem.Rompendo o hábito de cercar seus anúncios de mistério, a Apple antecipou que Jobs, de licença médica por razões e período indeterminados, apresentará o iCloud durante a Conferência Mundial de Desenvolvedores de Software (WWDC) da Apple em San Francisco.
"A Apple revelará sua nova geração de programas, Lion, oitava edição do sistema operacional Mac OS X, assim como o iOS 5, a última versão do sistema operacional para aparelhos móveis, como o tablet iPad e o iPhone", informou a empresa em um comunicado.
Mas, principalmente, a Apple apresentará o iCloud, que apresenta apenas como uma oferta de servicios desmaterializados.
"O iCloud não é mais que uma pequena linha no comunicado divulgado à imprensa", disse Michael Gartenberg, analista da empresa de pesquisa em tecnologia Garter.
"Mas é o que desperta maior interesse, porque não sabemos nada sobre o tema", completou.
De acordo com diversas fontes, o iCloud permitiria ouvir em 'streaming' a música armazenada em seus servidores, segundo o princípio da computação na nuvem - em que o usuário pode acessar seus dados de mais de um aparelho.
Isto permitiria evitar que os internautas tenham que sincronizar seus tablets ou dispositivos com o disco rígido de um computador.
De acordo com o jornal The New York Times, a Apple teria praticamente concluído as conversações com as principais gravadoras e teria fechado acordos com as principais lojas de CDs.
O Los Angeles Times informou que o iCloud será, a princípio, oferecido de forma gratuita aos usuários do iTunes, a loja online da Apple, e que depois será um serviço que custará uma assinatura de 25 dólares por ano.
http://news.google.com.br/nwshp?hl=pt-BR&tab=wn
sábado, 4 de junho de 2011
Líder do DEM critica Micarla de Sousa e ratifica rompimento
Durante agenda que cumpriu no Seridó, o senador José Agripino concedeu entrevista ao blog do amigo Robson Pires. O líder do DEM chegou a comentar o movimento “Fora Micarla” e ratificou o rompimento político com a prefeita da capital.
“Eu lamento muito. Quando eu apoiei Micarla, apoiei ao lado do povo de Natal. Então não foi só eu, e sim, a maioria no povo que acreditava nela como eu. Só que Micarla não vem atendendo as expectativas da população da capital. Teve também o episódio da eleição presidencial quando eu a levei a José Serra, a pedido dela, e duas semanas depois ela manifestou apoio a candidata do PT. Naquele momento nos afastamos politicamente, ou seja, houve o rompimento”, disse em entrevista a Robson Pires.
Fonte: tribuna do norte- panorama político.
MEC ENSINA QUE 10-7=9
Marta Salomon e Denise Madueño
BRASÍLIA - O Ministério da Educação pagou R$ 13,6 milhões para ensinar que dez menos sete é igual a quatro a alunos de escolas públicas da zona rural do país. No segundo semestre de 2010, foram distribuídas com erros graves 200 mil exemplares do Escola Ativa, material destinado às classes que reúnem alunos de várias séries diferentes. Foram impressos ao todo 7 milhões de livros – cada coleção do Escola Ativa contém 35 volumes. Os erros foram detectados no início do ano, e um grupo de especialistas contratados pelo ministério julgou que eles eram tão graves, tão grosseiros e tão numerosos que não bastava divulgar uma “errata” à coleção.
Os livros com erros foram distribuídos a 39.732 classes multisseriadas da zona rural, presentes em 3.109 municípios e todos os Estados do país. Segundo publicação do MEC, essas classes atendem 1,3 milhão de alunos.
Provocado pelo Estado, o ministro da Educação, Fernando Haddad pediu à Controladoria-Geral da República (CGU) a abertura de sindicância para apurar o tamanho do prejuízo e os responsáveis por ele. Ao mesmo tempo, mandou uma carta aos coordenadores de escolas da zona rural recomendando que os livros do Escola Ativa não sejam usados em sala de aula. A coleção foi retirada do ar também na internet.
“O número de erros é razoável, isso não se resolve com errata”, disse Haddad ao estado, na tarde desta sexta-feira. A reportagem busca informações do MEC sobre o destino da coleção Escola Ativa desde segunda-feira. “Houve uma falha de revisão, essa revisão foi muito malfeita”, admitiu o ministro, insistindo que se trata de um material de apoio às classes multisseriadas no campo. “A interrupção do uso não vai comprometer o ensino, porque esse é um material de uso opcional”, completou.
A última versão da coleção do Escola Ativa teve a impressão encomendada à gráfica e editora Posigraf, de Curitiba. Segundo registro no Portal da Transparência, site mantido pela Controladoria-Geral da União, o trabalho custou aos cofres públicos exatos R$ 13.608.033,33.
O dinheiro seria suficiente para a construção de 36 escolas de educação infantil, segundo cálculo usado recentemente pelo próprio ministério. As 200 mil coleções foram impressas e distribuídas no segundo semestre do ano, sem que percebessem as falhas na edição.
Erros primários. O MEC informou não ter toda a coleção disponível para a consulta em Brasília. Mas, entre os exemplos que condenaram a edição, os erros de matemática são os mais notáveis. Na página 29 do Guia 4 de Matemática, o Escola Ativa convida os alunos a fazer descobertas com números, na companhia dos personagens Joana e Pedro.
A página apresenta uma, na qual 10-7=4.
A página 138 do Guia 3, também de Matemática, apresenta tabelas de adição e subtração, para que os alunos confiram os resultados de operações com números entre 9 e 18. Nas tabelas, o Escola Ativa, o aluno da zona rural aprende que 16-8=6 e 16-7=5.
A pedido do MEC, a Controladoria-Geral da República deve abrir sindicância nesta segunda-feira para investigar o caso. O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC à época da contratação era André Lázaro, atual secretário executivo da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Na última segunda-feira ele disse que a coleção ficara indisponível “para pequenas correções”. Na sexta, não respondeu à reportagem.
FONTE: JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Dilma troca kit anti-homofobia por cabeça de Palocci
Elder Sano “Folha”, Secretaria Nacional LGBT do PSTU |
Na última quarta-feira, 25 de maio, a presidenta Dilma Rousseff mandou suspender o kit “Escola sem Homofobia”, que vinha sendo elaborado pelo Ministério da Educação e serviria para levar para dentro das escolas públicas, em todo o país, o debate sobre a homossexualidade e a homofobia.
Esse material, encomendado pelo MEC há mais de um ano, é uma resposta a uma reivindicação antiga do movimento LGBT e de professores, pais e estudantes: a necessidade de que as diferentes orientações sexuais e a homofobia sejam abordadas nas escolas. Algo mais do que necessário, já que não há nenhum preparo, ou material, nas escolas públicas para lidar com a opressão homofóbica, o preconceito e o bullying sofrido por alunos, professores e funcionários LGBT.
Apesar de que, para nós do PSTU, esse material tenha uma série de limitações – como por exemplo o fato da elaboração não ter sido discutida com os professores e estudantes que vivem o cotidiano da escola pública – ele é mais do que necessário e seria fundamental para abrirmos um debate no interior das escolas.
Crônica de um recuo anunciado
É sempre bom lembrar que o kit iria romper com uma lamentável “tradição” do lulismo: dentre tantas propostas e políticas anunciadas para o combate à homofobia, em mais de 8 anos de governo Lula/Dilma, esta seria a primeira que chegou perto de sair do papel.
Embora Dilma alegue que a suspensão do material é devido ao seu conteúdo, o que já e bastante grave, até mesmo porque ela mesma afirmou que nunca viu o material, já está claro para todo mundo que há um outro motivo, que também é a cara do lulismo: a entrega de direitos e conquistas dos movimentos sociais como forma de barganha em negociações espúrias com os setores da classe dominante.
Quanto ao argumento baseado no conteúdo, além do material ter sido avaliado e recomendado até mesmo pela Unesco (que está longe de ser uma aliada na luta contra a homofobia), o fato concreto é que Dilma já deu claros sinais de que não tem nenhum compromisso com a nossa luta. Basta lembrar da “carta ao povo de deus”, ainda durante a campanha eleitoral.
E foi exatamente esta cumplicidade com a homofobia que Dilma transformou em acordo espúrio ao retirar o “kit” para barrar a chantagem da bancada evangélica e grupos católicos no Congresso Nacional, que ameaçaram convocar Palocci para esclarecer a multiplicação de seu patrimônio, e abrir uma CPI para investigar o Ministério da Educação.
Diretos vitais como moeda de troca
Anthony Garotinho (PR-RJ), porta-voz dos homofóbicos, anunciou que a bancada evangélica não votaria nada até que o kit fosse retirado e isto bastou para que Dilma dissesse que o material é “inadequado”, que “não aceita propaganda de opção sexual” e que o governo “não pode intervir na vida privada das pessoas”.
Da vida privada de quem ela se refere? Certamente ela não está falando das pelo menos 260 “vidas privadas” de homossexuais assassinados só em 2010 no Brasil. Ou da “vida privada” de milhares de crianças e adolescentes que sofrem homofobia todos os dias na escola.
Nós sabemos que a homofobia não faz parte da vida privada, porque ela é cotidiana e está em todo canto. E, acima de tudo, é uma “construção social”, alimentada por séculos de propaganda ideológica (na qual as igrejas cristãs desde sempre cumpriram um lamentável papel de destaque), políticas levadas a cabo pelas elites dominantes e conservadoras que sempre alimentaram as práticas homofóbicas e reproduzida, no dia a dia, pelos meios de comunicação e, também, no interior das escolas.
E, por isso mesmo, o movimento LGBT sempre lutou por um material público para ser utilizado no interior das escolas, um “pequeno”, mas importante passo na luta por reverter a ideologia homofóbica.
Ao nos negar este direito, Dilma faz coro com Jair Bolsonaro (PP-RJ), defensor da violência homofóbica, da tortura e da ditadura militar, quando diz que o kit tem por objetivo propagandear a homossexualidade. Por si só, isso já é um absurdo, como se nos tornássemos LGBT’s a partir de qualquer tipo de “propaganda”. Além de que é sempre bom lembrar que o que acontece de fato é que, diária e permanentemente somos, sim, bombardeados por propaganda da orientação sexual majoritária: a heterossexualidade, sempre vendida com altas doses de machismo e homofobia, nas escolas e na mídia.
É preciso transformar a indignação em ação
Ao invés de apontar como “inadequado” um material que sequer viu, o que Dilma deveria fazer é investigar (e, pra isto, afastar) Palocci, cujo fantástico aumento de patrimônio (de 2000%!!!) pode ser visto por todos. Afinal, o que é mais inadequado? Cumprir o papel de utilizar o dinheiro público para desfazer preconceitos, ou proteger e acobertar um sujeito que enriqueceu com o dinheiro público?
Já nas eleições no ano passado, Dilma, com a famigerada “carta ao povo de deus”, jogou no lixo bandeiras históricas dos movimentos feminista e LGBT, como a descriminalização do aborto e a união civil para casais homossexuais. Com essa carta, sinalizou que os setores mais oprimidos da sociedade seriam os primeiros a serem “rifados” para manter seu compromisso com a bancada evangélica – que, diga-se de passagem, é em sua maioria de partidos da base governista, assim como o deputado Jair Bolsonaro.
Assim, para tentar varrer para baixo do tapete um escândalo de corrupção como o Palocci e manter sua aliança com os setores mais conservadores da sociedade, Dilma joga fora até mesmo o material que estava sendo desenvolvido pelo seu próprio governo.
A suspensão do kit anti-homofobia causou revolta em todos os ativistas e entidades do movimento LGBT, e é preciso que tiremos uma lição disso: para lutar contra a homofobia e conseguir vitórias, como conseguimos a aprovação no STJ da união estável, será preciso nos enfrentar com Dilma. Embora o discurso dos governos de Dilma, e antes dela, de Lula, seja de “compromisso com a plena cidadania da população LGBT”, como aponta a ABGLT em sua nota, nos últimos anos, políticas que não saíram do papel e grandes eventos foram realizados pelo governo federal para jogar ilusões no movimento LGBT, mas medidas concretas como essa suspensão são feitas para agradar os conservadores e religiosos no Congresso.
Em nome da “governabilidade” vale-tudo, e nos últimos anos, o PT tem continuamente abandonado as bandeiras históricas que foram construídas junto aos trabalhadores até a chegada de Lula ao poder. Se a “carta ao povo de deus” deixou dúvidas, esse novo fato não pode deixar: não podemos ter o governo Dilma como aliado, precisamos retomar a independência do movimento pra lutar contra a homofobia que sofremos cotidianamente.
E precisamos nos aliar às lutas dos professores e estudantes por uma escola pública sem homofobia, gratuita, laica e de qualidade.
Esse material, encomendado pelo MEC há mais de um ano, é uma resposta a uma reivindicação antiga do movimento LGBT e de professores, pais e estudantes: a necessidade de que as diferentes orientações sexuais e a homofobia sejam abordadas nas escolas. Algo mais do que necessário, já que não há nenhum preparo, ou material, nas escolas públicas para lidar com a opressão homofóbica, o preconceito e o bullying sofrido por alunos, professores e funcionários LGBT.
Apesar de que, para nós do PSTU, esse material tenha uma série de limitações – como por exemplo o fato da elaboração não ter sido discutida com os professores e estudantes que vivem o cotidiano da escola pública – ele é mais do que necessário e seria fundamental para abrirmos um debate no interior das escolas.
Crônica de um recuo anunciado
É sempre bom lembrar que o kit iria romper com uma lamentável “tradição” do lulismo: dentre tantas propostas e políticas anunciadas para o combate à homofobia, em mais de 8 anos de governo Lula/Dilma, esta seria a primeira que chegou perto de sair do papel.
Embora Dilma alegue que a suspensão do material é devido ao seu conteúdo, o que já e bastante grave, até mesmo porque ela mesma afirmou que nunca viu o material, já está claro para todo mundo que há um outro motivo, que também é a cara do lulismo: a entrega de direitos e conquistas dos movimentos sociais como forma de barganha em negociações espúrias com os setores da classe dominante.
Quanto ao argumento baseado no conteúdo, além do material ter sido avaliado e recomendado até mesmo pela Unesco (que está longe de ser uma aliada na luta contra a homofobia), o fato concreto é que Dilma já deu claros sinais de que não tem nenhum compromisso com a nossa luta. Basta lembrar da “carta ao povo de deus”, ainda durante a campanha eleitoral.
E foi exatamente esta cumplicidade com a homofobia que Dilma transformou em acordo espúrio ao retirar o “kit” para barrar a chantagem da bancada evangélica e grupos católicos no Congresso Nacional, que ameaçaram convocar Palocci para esclarecer a multiplicação de seu patrimônio, e abrir uma CPI para investigar o Ministério da Educação.
Diretos vitais como moeda de troca
Anthony Garotinho (PR-RJ), porta-voz dos homofóbicos, anunciou que a bancada evangélica não votaria nada até que o kit fosse retirado e isto bastou para que Dilma dissesse que o material é “inadequado”, que “não aceita propaganda de opção sexual” e que o governo “não pode intervir na vida privada das pessoas”.
Da vida privada de quem ela se refere? Certamente ela não está falando das pelo menos 260 “vidas privadas” de homossexuais assassinados só em 2010 no Brasil. Ou da “vida privada” de milhares de crianças e adolescentes que sofrem homofobia todos os dias na escola.
Nós sabemos que a homofobia não faz parte da vida privada, porque ela é cotidiana e está em todo canto. E, acima de tudo, é uma “construção social”, alimentada por séculos de propaganda ideológica (na qual as igrejas cristãs desde sempre cumpriram um lamentável papel de destaque), políticas levadas a cabo pelas elites dominantes e conservadoras que sempre alimentaram as práticas homofóbicas e reproduzida, no dia a dia, pelos meios de comunicação e, também, no interior das escolas.
E, por isso mesmo, o movimento LGBT sempre lutou por um material público para ser utilizado no interior das escolas, um “pequeno”, mas importante passo na luta por reverter a ideologia homofóbica.
Ao nos negar este direito, Dilma faz coro com Jair Bolsonaro (PP-RJ), defensor da violência homofóbica, da tortura e da ditadura militar, quando diz que o kit tem por objetivo propagandear a homossexualidade. Por si só, isso já é um absurdo, como se nos tornássemos LGBT’s a partir de qualquer tipo de “propaganda”. Além de que é sempre bom lembrar que o que acontece de fato é que, diária e permanentemente somos, sim, bombardeados por propaganda da orientação sexual majoritária: a heterossexualidade, sempre vendida com altas doses de machismo e homofobia, nas escolas e na mídia.
É preciso transformar a indignação em ação
Ao invés de apontar como “inadequado” um material que sequer viu, o que Dilma deveria fazer é investigar (e, pra isto, afastar) Palocci, cujo fantástico aumento de patrimônio (de 2000%!!!) pode ser visto por todos. Afinal, o que é mais inadequado? Cumprir o papel de utilizar o dinheiro público para desfazer preconceitos, ou proteger e acobertar um sujeito que enriqueceu com o dinheiro público?
Já nas eleições no ano passado, Dilma, com a famigerada “carta ao povo de deus”, jogou no lixo bandeiras históricas dos movimentos feminista e LGBT, como a descriminalização do aborto e a união civil para casais homossexuais. Com essa carta, sinalizou que os setores mais oprimidos da sociedade seriam os primeiros a serem “rifados” para manter seu compromisso com a bancada evangélica – que, diga-se de passagem, é em sua maioria de partidos da base governista, assim como o deputado Jair Bolsonaro.
Assim, para tentar varrer para baixo do tapete um escândalo de corrupção como o Palocci e manter sua aliança com os setores mais conservadores da sociedade, Dilma joga fora até mesmo o material que estava sendo desenvolvido pelo seu próprio governo.
A suspensão do kit anti-homofobia causou revolta em todos os ativistas e entidades do movimento LGBT, e é preciso que tiremos uma lição disso: para lutar contra a homofobia e conseguir vitórias, como conseguimos a aprovação no STJ da união estável, será preciso nos enfrentar com Dilma. Embora o discurso dos governos de Dilma, e antes dela, de Lula, seja de “compromisso com a plena cidadania da população LGBT”, como aponta a ABGLT em sua nota, nos últimos anos, políticas que não saíram do papel e grandes eventos foram realizados pelo governo federal para jogar ilusões no movimento LGBT, mas medidas concretas como essa suspensão são feitas para agradar os conservadores e religiosos no Congresso.
Em nome da “governabilidade” vale-tudo, e nos últimos anos, o PT tem continuamente abandonado as bandeiras históricas que foram construídas junto aos trabalhadores até a chegada de Lula ao poder. Se a “carta ao povo de deus” deixou dúvidas, esse novo fato não pode deixar: não podemos ter o governo Dilma como aliado, precisamos retomar a independência do movimento pra lutar contra a homofobia que sofremos cotidianamente.
E precisamos nos aliar às lutas dos professores e estudantes por uma escola pública sem homofobia, gratuita, laica e de qualidade.
QUEM E POR QUE MATARAM ANDERSON MIGUEL
Corpo de Anderson Miguel permanece no Itep
Publicação: 02 de Junho de 2011 às 08:52
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XÔ AS DUAS MICARLA E ROSALBA
Protesto reúne milhares de jovens e fecha BR-101
Publicação: 02 de Junho de 2011 às 00:00 Tribuna do norte.
Sara Vasconcelos
repórter
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Milhares de jovens fazem segundo protesto em Natal contra as administrações municipal e estadual
A rede social deu mostras, mais uma vez, de quanto pode mobilizar pessoas e levá-las às ruas. O “protesto” não precisa ter um único foco nem requer reivindicações definidas, pode ser um apanhado de muitas insatisfações. A onda do twitter e facebook conecta e arrasta a todos, inclusive aqueles que – se perguntados – não sabem dizer o que estão fazendo ali. Fato é que as discussões saem, literalmente, da esfera virtual e tomam as avenidas da cidade. Prova disso foi a caminhada entre o largo do estádio Machadão e a passarela do Natal Shopping, no início da noite de ontem, que fechou o trânsito da BR 101 durante cerca de duas horas. e reuniu cerca de 1,5 mil manifestantes, de acordo com de acordo com a estimativa da Polícia Rodoviária Federal.
A rede social deu mostras, mais uma vez, de quanto pode mobilizar pessoas e levá-las às ruas. O “protesto” não precisa ter um único foco nem requer reivindicações definidas, pode ser um apanhado de muitas insatisfações. A onda do twitter e facebook conecta e arrasta a todos, inclusive aqueles que – se perguntados – não sabem dizer o que estão fazendo ali. Fato é que as discussões saem, literalmente, da esfera virtual e tomam as avenidas da cidade. Prova disso foi a caminhada entre o largo do estádio Machadão e a passarela do Natal Shopping, no início da noite de ontem, que fechou o trânsito da BR 101 durante cerca de duas horas. e reuniu cerca de 1,5 mil manifestantes, de acordo com de acordo com a estimativa da Polícia Rodoviária Federal.
Rodrigo SenaMilhares de jovens fazem segundo protesto em Natal contra as administrações municipal e estadual
O movimento, que começou com a #ForaMicarla, se estendeu a esfera estadual. E era comum alguns protestantes não saber distinguir a que gestor – municipal ou estadual – greves, falta de medicamentos, de merenda escolar e outros problemas que assolam a cidade é atribuído e resumir tudo a “um caos generalizado” – o que não deixa de ser.
Entre a multidão que gritava palavras de ordens, havia desde profissionais, estudantes de universidades e escolas de ensino médio, das redes pública e também privada, a apoiadores das greves dos servidores estaduais protestando contra a governadora Rosalba Ciarlini. E gente – muita gente, muitos jovens – interessados mesmo em curtir o momento de ser rebelde, atrair a atenção e para o trânsito da cidade. Para esses, é claro, não faltou o smartphone em uma mão (retuitando) e uma cervejinha na outra.
“A resenha no twitter é grande e a gente aproveita para encontrar todo mundo, conhecer gente nova”, disse Mariana Vieira, 17 anos, estudante do 1º ano do ensino médio, que se divertia com amigas. Para a estudante de psicologia Lísia Damasceno, 28 anos, as redes sociais devem não só mobilizar, como também difundir os ideais da causa. “Nem todos tem consciência do momento que estão participando”, retrucou.
Mais adiante, de bandeira na mão, o professor de educação física Antônio Lisboa conhecia bem as precárias condições de trabalho enfrentadas no dia a dia. “É um pedido legítimo de mudança e responsabilidade que se formou nas redes sociais e se concretiza numa passeata desse porte”, disse.
Em meio às faixas de desaprovação e bandeiras de movimentos sindicais e partidos, dizeres como “O agito é aqui” destoavam da consistência do movimento de luta de classes.
O estudante de pós-graduação em artes visuais Breno Xavier, 25 anos, considera válida a manifestação no sentido de ser ponto de partida para dar visibilidade e questionar o modelo de governo que se perpetua no poder. O protesto pacífico recebeu o apoio de motoristas que esperavam pacientemente a liberação da BR-101 pela PRF.
Entre a multidão que gritava palavras de ordens, havia desde profissionais, estudantes de universidades e escolas de ensino médio, das redes pública e também privada, a apoiadores das greves dos servidores estaduais protestando contra a governadora Rosalba Ciarlini. E gente – muita gente, muitos jovens – interessados mesmo em curtir o momento de ser rebelde, atrair a atenção e para o trânsito da cidade. Para esses, é claro, não faltou o smartphone em uma mão (retuitando) e uma cervejinha na outra.
“A resenha no twitter é grande e a gente aproveita para encontrar todo mundo, conhecer gente nova”, disse Mariana Vieira, 17 anos, estudante do 1º ano do ensino médio, que se divertia com amigas. Para a estudante de psicologia Lísia Damasceno, 28 anos, as redes sociais devem não só mobilizar, como também difundir os ideais da causa. “Nem todos tem consciência do momento que estão participando”, retrucou.
Mais adiante, de bandeira na mão, o professor de educação física Antônio Lisboa conhecia bem as precárias condições de trabalho enfrentadas no dia a dia. “É um pedido legítimo de mudança e responsabilidade que se formou nas redes sociais e se concretiza numa passeata desse porte”, disse.
Em meio às faixas de desaprovação e bandeiras de movimentos sindicais e partidos, dizeres como “O agito é aqui” destoavam da consistência do movimento de luta de classes.
O estudante de pós-graduação em artes visuais Breno Xavier, 25 anos, considera válida a manifestação no sentido de ser ponto de partida para dar visibilidade e questionar o modelo de governo que se perpetua no poder. O protesto pacífico recebeu o apoio de motoristas que esperavam pacientemente a liberação da BR-101 pela PRF.
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